segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LIDERAR É TER FÉ


A PRIMEIRA POSTAGEM DESTE BLOG NÃO PODERIA DEIXAR DE TER ALGO SOBRE A LIDERANÇA CRISTÃ.

ATUALMENTE TEMOS SOFRIDO PELA MÁ ADMINISTRAÇÃO DE NOSSOS LIDERES CRISTÃOS, PORÉM AINDA TEMOS HOMENS QUE LIDERAM NÃO POR SI SÓ, MAIS RESPEITANDO A VONTADE DE DEUS E OUVINDO A VÓZ DO ESPIRITO SANTO.
LIDERAR É SABER SER LIDERADO.
PORQUE TODO LIDER DEVE REPORTAR A ALGUÉM SUPERIOR A ELE.
VEJA O EXEMPLO DE CALEBE:


O HOMEM DE FÉ E O LIDER CALEBE.


intitulado Calebe, um homem leal, consta algumas informações biográficas acerca desse importante personagem da história da peregrinação israelita. Como o tema parece ter gerado algumas dúvidas, é prudente que mais uma opinião abalizada do assunto seja ouvida:
Existem algumas dúvidas sobre a exata ascendência de Calebe. Em 1 Crônicas 2.18, está mencionado que Calebe era filho de Hezrom. Por outro lado, Jefoné, o quenezeu, é chamado pai de Calebe em Números 32.12. Os quenezeus, descendentes de Quenaz, parecem ter sido uma das tribos nômades dos desertos do Sinai (Gn 36.15). Foi em uma dessas tribos de edomitas que Moisés se casou (Jz 1.16; 4.11). A migração de Israel em direção ao norte atraiu alguns desses povos e eles se reuniram com fé, ao Senhor e ao seu povo. A família de Calebe foi anexada à tribo de Judá, e Calebe conquistou rapidamente uma posição de liderança. Embora o chefe da tribo fosse Naassom, filho de Aminadabe (Nm 2.3), foi Calebe que representou a tribo como espia e, mais tarde, como um daqueles que dividiu a terra em áreas tribais (Js 21.12). Está registrado que foi entregue a Calebe a sua parte “no meio dos filhos de Judá” (Js 15.13), implicando que ele não era realmente um membro daquela tribo. Séculos mais tarde, nos dias de Saul e Davi, os descendentes de Calebe ainda formavam uma família distinta em Judá, e sua parte do país parece ter sido um enclave na tribo (1 Sm 25.3; 30.14).1
Acredito que esta explicação apresentada seja bastante esclarecedora e suficiente para dirimir quaisquer dúvidas que possam surgir em sala. Particularmente, acredito que a aula não pode ter o pouco de seu tempo ocupado com este tipo de assunto, pois ele não é essencial na lição. 
Calebe Tomou Posse? 
É comum ouvirmos pregadores ensinar que é preciso que o crente “tome posse” de sua benção. Muitos o fazem como se ela estivesse presa nas mãos de Deus e, através da fé (que neste caso é uma espécie de “amuleto”), deve ser “liberada”. Esse comportamento tem tornado a igreja evangélica alvo de críticas e zombarias que, lamentavelmente, se justificam, pois esta postura é, para dizer o mínimo, questionável. Por outro lado, é cada vez mais crescente o número de “defensores da fé” que resolvem “atacar” este tipo de postura, não como um exercício legítimo e digno de toda a atenção e cuidado da Igreja, mas como forma de autopromoção. Percebo que a cada dia me torno mais inclinado a considerar a motivação por trás das ações. Já não basta dizer a verdade, mas o porquê de dizê-la tem sido cada vez mais importante para mim. Não sou a palmatória do mundo, mas inicio a sondagem pela minha própria vida e não deixo de prestar a atenção nas entrelinhas de quem ouço.
Calebe não “tomou posse” de nenhum território como fruto de impetração de palavras positivas ou mesmo “gritos de guerra”, como defendem os ufanistas evangélicos. Ele simplesmente solicitou a ocupação ? depois de 45 anos ? daquilo que lhe fora designado pelo Senhor, através de Moisés (Nm 14.24,26-28,39). 
Diferentemente do que ensinam os sensacionalistas, Calebe recebeu esta herança não por ser merecedor, mas por ser fiel (Nm 14.24). Quando a primeira grande equipe expedicionária voltou da missão de sondar a terra, Calebe e Josué foram os únicos que apresentaram um relatório baseado na confiança em Deus: 
Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. Se o Senhor se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde manam leite e mel, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles!” (Nm 14.6-9, NVI). 
Acredito que o servo de Deus não deva ser covarde ou agir por conveniência, pois este tipo de postura não é recomendada na Bíblia e constitui-se pecado diante de Deus (Jr 48.10; Tg 4.17; Hb 10.38). Existem cristãos que pensam que ser um crente humilde é o mesmo que ser omisso e relapso quanto a atitudes que exigem um posicionamento muito claro de nossa parte. Calebe sequer sabia que, devido sua fidelidade, teria parte na repartição das terras, por isso, percebe-se que ele agiu desprovido de “décimas intenções”. Como já disse, procuro sempre analisar a intenção. Muita gente, no lugar de Calebe, só diria o que ele disse se soubesse que tendo aquele comportamento seria beneficiada, e isso é agir de sórdida fé!
A Importância da Liderança
Não obstante Calebe ter sido escolhido como representante da tribo de Judá, ele não era, como já colocado acima, consangüineamente pertencente a ela. Isso prova, uma vez mais, que o homem de Deus, na maioria das ocasiões, não é um homem do povo. Mesmo sendo representante da grande tribo de Judá, Calebe não pensou em desobedecer a Deus para “ficar bem” com o povo. A Bíblia diz claramente que ele “fez o povo calar-se perante Moisés e disse: ‘Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos!’” (Nm 13.30).
As demais tribos, com exceção da de Judá e de Efraim, representadas pelos seus líderes, sucumbiram exatamente por causa da falsa percepção dos escolhidos, pois, infelizmente, os que não confiam em Deus, acabam vendo-se como insetos diante dos inimigos (Nm 13.33), tudo por não reconhecer que a batalha não era deles, mas de Deus. 
Josué e Calebe foram ameaçados de apedrejamento por acreditarem em Deus e em seu poder (Nm 14.10). Isso demonstra que eram homens de coragem que não tinham suas vidas como mais importantes, e sim o fazer a vontade de Deus. É bem por isso que Ele os guardou e interveio no caso, não apenas salvando-os (Nm 14.10,11), mas também prometendo que eles teriam uma herança como recompensa de sua fidelidade (Nm 14.20-24).
Acometidos de uma praga misteriosa, os 10 espias que incitou a comunidade israelita, sucumbiram (Nm 14.36-38). Após presenciarem a reação do Eterno, o povo resolveu voltar atrás, mas, lamentavelmente era tarde demais (Nm 14.39-45). Moisés ainda os avisou: “Por que vocês estão desobedecendo à ordem do Senhor? Isso não terá sucesso! Não subam, porque o Senhor não está com vocês. Vocês serão derrotados pelos inimigos, pois os amalequitas e os cananeus os enfrentarão ali, e vocês cairão à espada. Visto que deixaram de seguir o Senhor, ele não estará com vocês” (Nm 14.41-43). 
Mesmo com a advertência de Moisés, parte do povo foi ao encontro dos amalequitas e cananeus. Entretanto, como a vitória não vinha deles, mas do Senhor, eles sofreram fragorosa derrota e os que sobraram foram perseguidos. Pensando bem, nada incomum para quem passou 430 anos no Egito trabalhando para o Faraó. Isto é, Israel não tinha preparo para a guerra e, comparado a outros povos milenares já plenamente organizados, era apenas uma “criança”. É por isso que a confiança dele deveria estar no Senhor e não na lógica dos números ou de qualquer outra natureza.